Amazonia Live é “um dos projetos mais arrojados do mundo”, diz Roberto Medina
Amazonia Live é o novo projeto do Rock in Rio para os próximos três anos. Além da plantação de mais um milhão de árvores, a organização está a preparar um espetáculo inovador no Rio Negro, em Manaus, na Amazónia.
Em entrevista ao site oficial do Rock in Rio Lisboa, Roberto Medina, presidente do Rock in Rio, confessa que há muito que se interessa pelas questões ambientais. “Comecei a mergulhar neste assunto do meio ambiente e percebi que não era só um problema para os nossos netos, é um problema para nós e para os nossos filhos. O nosso grande palco é a terra e está a ser destruída”, frisa.
“Uma árvore pode fazer a diferença. Então, vou começar a campanha [Amazonia Live] e escolhi fazer um palco flutuante do tamanho do palco do Rock in Rio. Será uma folha linda, sem teto e onde irá atuar a Orquestra Sinfónica e onde Plácido Domingo fará um concerto. A Ivete Sangalo vai também cantar a primeira música. Não será um concerto para o público, é para ser transmitido em todo o mundo”, conta o presidente do Rock in Rio.
Marcado para 27 de agosto, o espetáculo na Amazónia vai ser transmitido em direto para todo o mundo. “Espero que as pessoas fiquem surpreendidas. Espero que as pessoas se mobilizem. É um dos projetos mais arrojados do mundo. Um palco com 40 metros de extensão de uma ponta a outra, uma espécie de folha flutuante, não é uma brincadeira. Não se vai ver nada, é uma folha flutuante, não tem fios, não tem cameras… Os espectadores vão ver simplesmente a Orquestra Sinfónica com o Plácido Domingo. Vai ficar uma imagem linda”, sublinha.
“Estamos a destruir a terra e por isso não podemos ficar parados”, defende Roberto Medina, prometendo mais iniciativas surpreendentes para os próximos anos. “Estou habituado a que as pessoas não acreditem em mim. Por exemplo, há 31 anos, quando apresentei a ideia do Rock in Rio à minha agência, ficaram todos a olhar para mim (…) Lutei, lutei e fiz. Fizemos a maior marca de música do mundo e, por isso, as pessoas já não ficam tão surpreendidas com as coisas que invento. Acho que quando não nos desafiamos continuamente, estamos no fim da carreira”, conta.
Tiago David